Em muitas culturas africanas, incluindo Burkina Faso, a tradição oral é uma forma importante de educação e transmissão de saberes, e a caminhada é muitas vezes usada como parte dessa prática. Os contadores de histórias (ou “griôs”, como são conhecidos em algumas regiões da África Ocidental) têm um papel fundamental na preservação e transmissão de histórias, mitos, lendas e ensinamentos.
Em Burkina Faso, os contadores de histórias frequentemente percorrem as comunidades, indo de casa em casa, e enquanto caminham, narram suas histórias para os moradores. Esse movimento entre as casas simboliza a continuidade daj ornada do conhecimento, ao mesmo tempo que estabelece uma conexão com o espaço e com as pessoas ao longo do caminho. As histórias não são apenas contadas; elas são compartilhadas como uma vivência, um processo dinâmico, que está em constante movimento, assim como a própria caminhada.
Essa prática de contar histórias enquanto caminha também pode ser vista como uma forma de aprendizado experiencial, onde os ensinamentos são passados de maneira natural e envolvente, em um ambiente informal, onde todos estão convidados a aprender, refletir e até interagir com o narrador.
Esse conceito pode ser associado à educação ao ar livre e à ideia de que o ambiente, o espaço físico e a interação com ele são fundamentais para o aprendizado. Assim como os griôs caminham e ensinam ao contar suas histórias, na Talk Away, buscamos integrar o ambiente como um educador, proporcionando aos participantes uma experiência imersiva e de aprendizado ativo enquanto caminham.

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